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Funk das antigas, quais eram os hits que bombaram na década passada?

Nesta última década, o gênero refletiu e antecipou transformações sociais, econômicas, culturais e políticas — do vídeo amador que se espalha pelos blogs de humor e comunidades do Orkut às superproduções audiovisuais publicadas pelo KondZilla, o terceiro maior canal do YouTube no mundo.

Da queda dos bailes de favela do Rio e emergência da ostentação paulista ao novo fortalecimento da cena carioca com o 150 BPM e o destaque de cenas locais do brega funk de Recife e do funk mineiro.

Além disso, os estilos e experimentos técnicos se multiplicaram vertiginosamente em sintonia com a democratização tecnológica, formando uma paleta sonora ampla, dinâmica e viva.

No post de hoje, vamos rever alguns Hits que marcaram o Funk nos últimos 10 anos:

Em 2010, dentre os Funks que estavam em alta, se destacaram os Hits SOU FODA, do grupo AVASSALADORES e AGORA EU SOU SOLTEIRA, do grupo GAIOLA DAS POPOZUDAS.

Em 2011 se destacaram os Funks MEGANE do MC BOY DOS CHARMES e a icônica MC Carol lançou 2 hits: JORGINHO ME EMPRESTA A 12 E MINHA AVÓ TÁ MALUCA, ambos com letras inacreditáveis, se você não conhece, vale muito a pena conferir.

Em 2012 dois cantores estouraram e apareceram na cena do Funk para ficar, com “Plaquê de 100”, Guimê se tornou um dos principais nomes do funk de São Paulo e consolidou de vez o funk ostentação no estado e no Brasil. Com “Os Caras do Momento”, o Nego do Borel introduziu uma dose de bom humor e leveza carioca na sisudez da ostentação paulista: “Quem nasceu pra ser cu nunca vai ser pica”.

Em 2013 foi a vez do MC Daleste aparecer na cena do Funk com o hit “São Paulo”, infelizmente o mesmo foi assassinado em cima do palco durante show em julho. Fora da Gaiola das Popozudas, Valesca iniciou um novo reinado com “Beijinho no Ombro”. Ao mesmo tempo em que a colocou no lado mais pop, a música mostrava o ápice da ostentação.

Em 2014 através dos fluxos, a cena se espalhou pela capital e surgiu o icónico “Passinho do Romano” do MC CRASH, neste ano o Funk começou a ser mais engraçado e as músicas viraram sinônimo de bom humor.

Em 2015 o MC João chega na quebrada, abre o som do porta-malas e canta sua música com a galera do baile — incluindo aí um montão de outros MCs. Era o fim da ostentação. Em seu lugar, ficava o senso de diversão comunitária e a felicidade coletiva dos fluxos e da rua. O mineiro Delano também trouxe outro fator ao funk: a melodia do cavaco no sucesso “Na Ponta Ela Fica”, o primeiro funk de Belo Horizonte a despontar no cenário nacional

Em 2016 foi o lançamento BOMBÁSTICO da dupla ZAAC & JERRY, “Bumbum Granada “desbancou até estrelas internacionais como Rihanna e Justin Bieber nas plataformas de streaming e correu o mundo. Nesse mesmo ano, o MC G15 mostrou que putaria boa é aquela que tem amor envolvido. E foi com essa mistura que ele se diferenciou e cresceu no movimento.

Em 2017 Bum Bum Tam Tam marca história! Existe um antes e depois de “Bum Bum Tam Tam”. Essa foi a música que mostrou até onde o funk poderia chegar. Sampleando por acaso uma flauta de Bach e incluindo-a numa batida construída engenhosamente, Fioti concebeu uma obra-prima da transformação sonora em uma música que quebrou barreiras.

“Bum Bum Tam Tam” tornou-se o primeiro — e por enquanto o único — videoclipe do Brasil a bater a marca de 1 bilhão de views. No mesmo ano, MC Kevinho lançou os funks OLHA A EXPLOSÃO E RABIOLA e a partir daí ele honrou o seu título de “Hit Maker”.

Se em 2017 foi o ano do 150 BPM colocar as bases nos bailes de favela, em 2018 o movimento se expandiu, reinventou o funk carioca e colocou o Rio de Janeiro no centro da produção dos hits nacionais novamente. Kevin o Chris engatou uma sequência de pérolas, mas “Vamos Pra Gaiola” se destaca pela homenagem a esse celeiro do funk. Foi também em 2018 que vimos o nascimento da MC Loma, e com ela, a chegada do Brega Funk no mercado fonográfico brasileiro.

Uma das músicas mais tocadas nas plataformas de streaming em 2019, a versão brega funk da música do grupo de trap Calibre 2.1. “Surtada” é especial por mostrar uma mistura de sonoridades e cenas: o funk paulista de Tati Zaqui, o trap de Oik e o brega de Dadá Boladão Podem confluir em uma música pop periférica brasileira.

No nosso app você pode fazer uma música mais parecida com os funks das antigas ou seguir as novas tendências, você é livre para escolher.
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