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Como funk é importante para o Brasil?

Entenda como e por que o funk é importante para o Brasil

Você já parou pra pensar na importância do Funk para o Brasil?

O funk é uma mistura de ritmos e de influências musicais que conquistou o mundo. Com sua batida envolvente e solta, ele faz parte da diversão de jovens de todas as classes sociais, desde os bailes de favela às boates da zona sul.

Com raízes na música negra americana, o ritmo visto somente como diversão também tem sua face mais densa e engajada. Funk também é atitude e compromisso! No vídeo de MC Guimê, com Emicida e Neymar, País do Futebol, os músicos contam como a música os permitiu mostrar ao mundo suas verdades, a verdade de quem mora na periferia.

O Funk também é cultura! Cultura jovem, cultura da periferia. O Funk inclusive já provou que salva vidas. Ele tira crianças das mãos do crime, dá um caminho profissional para muitos jovens, permite espaços de liberdade e o reconhecimento para as mulheres e para a comunidade LGBTQIA +, que são estigmatizados pela grande mídia.

Além disso, o Funk já provou não ser apenas parte da Indústria da Música, mas quase que uma Indústria por separado. Na série Sintonia da Netflix, podemos ver mais de perto como toda a comunidade depende financeiramente dos Fluxos. Trabalhadores aproveitam do Fluxo para fazer uma “renda extra”, que se torna essencial para a sobrevivência de suas famílias.

Membros da comunidade chegam a dizer que o faturamento de uma noite de Baile Funk ou Fluxo representa o dobro do que eles conseguem em toda semana. De acordo com comerciantes, o faturamento na noite do baile chega a R$2 mil, quase 2 salários mínimos.

Instaladas as barraquinhas, chegam os carros de som, que se espalham pelas ruas e disputam qual é o mais “barulhento”. Isso que aparenta ser um problema para uma parte da sociedade, e a diversão e principal fonte de renda de outra!

Faturamento de Milhões

Em um estudo realizado pelo instituto de pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, o FGV Opinião, deixou as batidas e os versos provocativos do funk de lado para analisar o gênero por sua perspectiva socioeconômica.

A pesquisa que foi realizada entre 2007 e 2008 na região metropolitana do Rio, o berço do “pancadão”, ouviu agentes envolvidos na produção do funk, como DJs, MCs (autores e intérpretes de suas faixas) e equipes de som (que promovem os bailes e oferecem seus aparatos).

Além disso, os camelôs também faturam com as festas. As mais de 400 entrevistas mapearam relações e mostraram que o gênero movimenta cerca de R$10 milhões por mês no Estado do Rio, isso nos anos de 2007 e 2008!

Receita atual dos fluxos

Nos dias de hoje, esse cenário não é diferente! Atualmente, a forma mais comum de se escutar e participar de festas funk é ir em um fluxo. Sem ingresso e nenhum gasto obrigatório, o jovem com R$10 ou R$15 no bolso consegue se divertir.

Esse é um dos fatores do sucesso do fluxo. O público do fluxo é formado por jovens de 15 a 25 anos. E a aglomeração vem de todos os lados. Não há espaço para carros circularem.

Os responsáveis pela festa normalmente são os donos dos carros com aparelhagem de som – eles gastam entre R$20 mil e R$30 mil para instalar um potente equipamento. Quem faz isso profissionalmente costuma cobrar até R$400 por festa.

Como o fluxo acontece de quinta a domingo, os rendimentos podem chegar a R$1,6 mil por semana. Quem tem equipamentos mais potentes, os “paredões”, pode cobrar mais.

E quem paga os donos dos equipamentos são os comerciantes. O movimento de uma noite de fluxo é compensador. Portanto, tem quem ganhe dinheiro vendendo cerveja, cachorro-quente, tortas e até o direito de usar o banheiro.

O “fluxo” também movimenta o mercado da beleza. Cabeleireiras, barbeiros e até vendedores de roupas faturam.

Atualmente, não tem nenhum estudo que investigue quanto de dinheiro os Fluxos e o Funk em si movimenta pelo Brasil e no mundo! O Funk é parte da nossa cultura, mas infelizmente ainda é marginalizado por uma parte da sociedade…

Nós, do BatalhaFUNK além de proporcionarmos um espaço para o crescimento do Funk, lutamos também para acabar com o preconceito desse movimento que já provou não ser elitista, machista, homofóbico, e intolerante. O funk é para todos aqueles que estiverem de coração aberto!

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